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Caburé-da-amazônia Glaucidium hardyi (Vielliard, 1990)
Ordem: Strigiformes | Família: Strigidae | Monotípica


Indivíduo adulto. Foto: Marco Rocha

Coruja muito pequena, endêmica da floresta amazônica. É parcialmente diurna, vive principalmente no dossel da floresta, e devido ao pequeno tamanho, é de difícil observação, sendo mais ouvida do que vista. Costuma responder a reproduções de playback ou imitação de seu canto.


Descrição:
Mede de 14-15 cm de comprimento, peso de 55-65 g (Holt et al. 2018). Coruja muito pequena, adulto possui dorso marrom, peito branco com estrias marrom-castanho, e cauda barrada. A cabeça é mais acinzentada, com pequenas pintas branca, íris amarela e tarsos alaranjados, cauda relativamente curta. Como as demais espécies do gênero Glaucidium possui uma "face occipital" na nuca, ou seja, penas mais escuras que simulam olhos falsos para enganar suas presas durante comportamentos de tumulto (mobbing behaviour).

Vocalizações: O macho emite um canto trinado e melodioso, decrescendo ligeiramente antes de encerrar. Normalmente consiste em uma série de 10-30 notas curtas, repetidas em intervalos variáveis, canto transcrito como “bybybybybybybybybyby ... ..bybybyb, ou bübübübübübübü ... .bübübüb”. Costuma responder a reproduções de playback ou imitação de seu canto.

Espécies-similares: Pode ser confundida com a caburé (Glaucidium brasilianum), que é maior, de cauda mais comprida, com cabeça marrom(ao invés de cinzenta), com estrias brancas na testa (ao invés de pintas), e usa mais borda de matas e florestas secundárias (enquanto que G. minutissimum é restrita ao interior de florestas densas).

Dieta e comportamento de caça: Caça insetos (besouros, mariposas, baratas) e pequenos vertebrados; caça a partir de um poleiro, no estrato alto da floresta.

Reprodução: Biologia reprodutiva pouco conhecida. Usa ocos no alto de árvores ou ninhos abandonados de outras aves (como de pica-paus) para nidificar.

Distribuição e subespécies: É endêmica da floresta amazônica, ocorre no Peru, norte da Bolívia e norte do Brasil.

Habitat e comportamento: Habita florestas primárias da Amazônia, encontrada em terras baixas de até 800 m do nível do mar. Gosta de áreas próximas de igarapés e áreas com abundância de troncos caídos no chão. Em algumas regiões sua distribuição se sobrepõe com a caburé (Glaucidium brasilianum), mas não usam o mesmo tipo de habitat, G. brasilianum usa borda de mata e florestas secundárias, enquanto que G. minutissimum é restrita ao interior de floresta primária.

É parcialmente diurna, vive principalmente no dossel da floresta, costuma pousar em galhos altos cobertos por plantas epífitas. Devido ao pequeno tamanho, é de difícil observação, sendo mais ouvida do que vista.

Movimentos: Espécie residente.


Indivíduo adulto. Manaus/AM, Setembro de 2011.
Foto:
Fabio Nunes

Indivíduo adulto. Juara/MT, Maio de 2009.
Foto:
Bradley Davis


:: Página editada por: Willian Menq em Fev/2018. ::



Referências:

Holt, D.W., Berkley, R., Deppe, C., Enríquez Rocha, P., Petersen, J.L., Rangel Salazar, J.L., Segars, K.P., Wood, K.L., Bonan, A., de Juana, E. & Marks, J.S. (2018). Amazonian Pygmy-owl (Glaucidium hardyi). In: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. (retrieved from https://www.hbw.com/node/55072 on 7 February 2018).

ICMBio (2008). Plano de ação nacional para a conservação de aves de rapina. Brasília: Coordenação Geral de Espécies Ameaçadas. 136 p.

Sick, H. (1997) Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 862p.

 


Citação recomendada:

Menq, W. (2018) Caburé-da-amazônia (Glaucidium hardyi) - Aves de Rapina Brasil. Disponível em: < http://www.avesderapinabrasil.com/glaucidium_hardyi.htm > Acesso em: .



 
 

Distribuição Geográfica:

Status: (LC) Baixo risco

Canto - (gravado por: Nick Athanas)
By: xeno-canto.